30 DE SETEMBRO DE 1822 – A Câmara de Vila Rica adere à Independência Nacional
O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) comemora o tricentenário de criação da Capitania de Minas Gerais fazendo memória de efemérides ocorridas ao longo desses 300 anos de travessia histórica. Neste mês de setembro de 2020, recordamos a adesão da Câmara de Vila Rica à Independência brasileira.
Segundo José Pedro Xavier da Veiga, em 30 de setembro de 1822, de forma solene e oficial, foi comemorado na capital da Província de Minas Gerais o grandioso acontecimento que consumara-se 23 dias antes com o imorredouro brado do Ipiranga: a independência política do Brasil.
Em livro do Arquivo Municipal de Ouro Preto foi registrado o ato oficial da adesão das autoridades e homens bons da velha capital das Minas à proclamação da independência do Brasil, que havia ocorrido no dia 07 de setembro, às margens do Ipiranga. Após o presidente da Câmara de Vila Rica ter exposto os fatos que haviam transcorrido recentemente envolvendo a Independência do Brasil, colocou à apreciação da assembleia a deliberação sobre o apoio à decisão, sendo que, então, segundo o documento:
“ressoou da parte de toda a assembleia: Viva o senhor D. Pedro de Alcântara, hoje Príncipe do Brasil e seu defensor perpétuo, 1º imperador Constitucional do Brasil a quem estamos decididos proclamar e reconhecer como tal, clamando todos geralmente que, para manter esta sua vontade que anunciavam, sacrificariam de boa mente seus bens e vidas, e que esta resolução se fizesse pública e fosse comunicada ao governo da Província, a fim de fazer subir à presença de Sua Alteza Real;”
Imagem: Ao fundo a sede da antiga Câmara de Vila Rica no século XIX – hoje Museu da Inconfidência. Foto: Guilherme Libeneau (1881). Fonte: Acervo da Biblioteca Nacional
Efemérides do Mês no IHGMG. Realização: Comissão Cultural Permanente História de Minas. Coordenação: associado Marcos Paulo de Souza Miranda. Fonte: VEIGA, José Pedro Xavier da. Efemérides mineiras 1664-1897. Centro de Estudos Históricos e Culturais. Fundação João Pinheiro: Belo Horizonte, 1998.